As principais centrais sindicais divulgaram nesta segunda-feira (16) nota de repúdio às declarações do empresário Ricardo Faria em entrevista à Folha publicada no domingo (15).
De acordo com o texto, Faria não apenas reproduz estigmas e preconceitos, assim como espalha distorções perigosas e desrespeitosas ao afirmar que os “os jovens não querem mais ter relação trabalhista formal, carteira assinada” e que “as pessoas estão viciadas no Bolsa Família“.
A nota é assinada pelos presidentes Sérgio Nobre, da CUT (Central Única dos Trabalhadores); Miguel Torres, da Força Sindical; Ricardo Patah, da UGT (União Geral dos Trabalhadores); Adilson Araújo, da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil); Antonio Neto, da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) e Moacyr Tesch Auersvald, da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores).
À frente da Global Eggs, empresa que produz 13 bilhões de ovos por ano, Faria fez críticas à burocracia, a alta carga tributária, a legislação trabalhista e a polarização política, além de contestar o principal programa social do governo Lula.
Para os sindicalistas, suas posições são fruto da mentalidade de uma elite partidária do atraso. E o empresário, na visão dos sindicalistas, encara a caricatura do patrão que acumula riqueza às custas da exploração e despreza o compromisso social.
“A história brasileira demonstra que os direitos trabalhistas foram instrumentos fundamentais de mobilidade social, alçando milhões à classe média e sustentando políticas públicas por meio da arrecadação tributária e previdenciária”, diz a nota.
Por fim, os dirigentes defendem o Bolsa Família como responsável por tirar milhões de brasileiros da miséria e da marginalização.
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