A realização do procedimento de saúde pública pode ser um diferencial na vida do paciente, ao possibilitar o tratamento precoce de várias doenças

Por Etiene Andrade (SANTA CASA)

16/06/2025 15h22

Cerca de 50 profissionais de saúde que atuam nas unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Belém e na rede de saúde pública estadual participaram na manhã desta segunda (16) do evento alusivo à campanha nacional Junho Lilás, realizado em parceria pelas secretarias de Estado de Saúde Pública (Sespa) e de Saúde do Município (Sesma), e Fundação Santa Casa. O objetivo foi conscientizar sobre a importância do teste do pezinho para a saúde neonatal, quando realizado entre o 3º e o 5º dia após o nascimento.

Segundo o médico Hélio Franco, que representou a Coordenação de Saúde da Criança da Sespa, garantir o acesso de recém-nascidos ao teste do pezinho é uma obrigação do Estado e da sociedade, por isso é importante ter profissionais qualificados.

Enfermeira Diana Lobato abordou a experiência da Santa Casa na triagem neonatal

“Não é só fazer o exame, mas também orientar, treinar, capacitar, sensibilizar todos os trabalhadores de saúde. E estes trabalhadores de saúde, também em seus municípios, em suas localidades, sensibilizarem a comunidade e as lideranças para saber disso, porque ainda tem a criança que acaba não fazendo o teste. É preciso que toda a comunidade conheça essa questão, divulgue o máximo possível, e que a gente garanta esse direito da criança”, afirmou Hélio Franco.

Prevenção – A realização do teste do pezinho pode ser um diferencial na vida do paciente, pois caso alguma doença seja detectada durante a triagem, e confirmada por exames complementares, é possível realizar o tratamento precoce, explicou diretora Assistencial da Fundação Santa Casa, Norma Assunção, presente à abertura da programação Junho Lilás.

“Trazer neste evento a importância do teste do pezinho é fundamental. Só podemos evitar que essas doenças se tornem graves se prevenirmos, e o teste dá a possibilidade de diagnóstico precoce de uma série de  doenças que, se não tratadas, podem ser gravíssimas”, reforçou a médica.

Norma Assunção, Victor Maués e Hélio Franco na mesa de abertura do evento

O representante da Secretaria de Saúde de Belém, Victor Maués, destacou que o evento contribui para a troca de experiências entre Estado e Município. “Essa programação proporciona a comunicação com as pessoas e possibilita que a gente possa se encontrar fora do espaço da Sesma, para se aproximar da sociedade e aprender com outras experiências, além de compartilharmos as nossas experiências.

A enfermeira Diana Lobato falou sobre a experiência da Santa Casa na triagem neonatal, por meio da oferta do teste do pezinho a recém-nascidos prematuros e a nascidos no Hospital. “Na Santa Casa temos uma equipe experiente, que realiza o teste do pezinho na sala do teste e à beira leito. Como referência no atendimento materno-infantil, a Santa Casa atende a muitos bebês prematuros de baixo peso e bebês que recebem transfusões de sangue, e está preparada para esse atendimento especializado e diferenciado”, afirmou a enfermeira.

Doenças detectadas pelo teste do pezinho:

Fenilcetonúria – distúrbio do metabolismo de aminoácidos que ocorre em bebês que nascem sem a capacidade de decompor normalmente o aminoácido, que pode levar a danos cerebrais se não tratado;

Hipotireoidismo – deficiência na produção do hormônio tireoidiano, que pode causar atraso no desenvolvimento e problemas cognitivos;

Doença falciforme – causa deformações nas células vermelhas do sangue e anemia;

Fibrose cística – doença genética que afeta os pulmões e outros órgãos, causando produção excessiva de muco e dificuldade respiratória;

Hiperplasia adrenal congênita – afeta as glândulas suprarrenais, causando produção excessiva de hormônios masculinos e outros problemas;

Deficiência de biotinidase – doença genética que afeta a produção da enzima necessária ao processamento da vitamina biotina. Pode causar vários prejuízos ao desenvolvimento.

Toxoplasmose congênita – infecção causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, que pode causar danos ao feto e ao recém-nascido.



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