Chego a me arrepiar porque tem uma história bem engraçada. Eu joguei com uns moleques lá no Grêmio e o pai de um deles era muito botafoguense. Ele sempre falou para mim que queria ir no estádio… Ele tem uns 53 anos e falou de nunca tinha visto o Botafogo campeão de alguma coisa. E esse assunto sempre ficou na minha cabeça, do meu pai e da minha mãe. E aí fomos para a Libertadores e pedi para minha mãe convidar ele para ir ao jogo, não sabíamos o que ia acontecer, mas seria um momento especial para todos os botafoguenses. Minha mãe convidou, arrumei ingresso para ele e ele foi (…). No final do jogo, todo mundo saiu comemorando, chorando. Todos torcedores do Botafogo chorando. Chego a me arrepiar porque foi uma sensação muito boa, de dever cumprido. Foi muito especial pra gente. Estávamos comemorando, olhei para a parte dos familiares, eles também, e quando se aproximaram, cheguei perto dele (do Sérgio, pai do amigo) e ele disse: ‘Obrigado, Dudu, porque eu achei que nunca viveria esse momento. Você fez isso acontecer, então muito obrigado’. Ele chorava, eu chorava, minha mãe e meu pai choravam… Foi um momento muito especial para nós. Eu tenho essa foto em casa e às vezes chego a me emocionar porque foi muito especial para minha e para a minha carreira.
— Cuiabano, lateral-esquerdo do Botafogo