O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), articula para que o Partido Liberal (PL) abra uma exceção e não obstrua a votação do projeto de lei da reciprocidade às tarifas do governo dos Estados Unidos.

As conversas estão em curso com o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, que lidera a obstrução da bancada em todas as votações da Casa como forma de pressionar para que Hugo paute o projeto da anistia.

O relator escolhido para o tema na Câmara, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), também entrou na operação.

“Estamos trabalhando para votar amanhã [quarta-feira, 2]. Temos um problema que é a obstrução que tem feito o PL, exigindo que Hugo coloque em votação a anistia. Estamos todos conversando com PL para tentar permitir que dada a relevância do tema e que o PL do Senado votou a favor da proposta, que não considerem essa matéria objeto de obstrução“, afirmou Jardim à CNN.

De acordo com ele, parte da bancada do PL já se mostra favorável a suspender a obstrução.

“Estamos fazendo um apelo, mas deixando o PL avaliar com calma. Eu acho que a maioria compreende que esse assunto é nacional e não está na conta de governo. A autoria do projeto é da oposição, a relatoria é da oposição e eu não sou da base do governo. Então, estamos esperando que possa ter essa disposição”, disse.

O projeto de lei foi aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado nesta terça-feira (1º).

Como não precisará passar pelo plenário da Câmara, o texto seguirá direto para análise dos deputados.

A data coincide com o anúncio detalhado das tarifas prometido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que já antecipou que haverá tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio.

O texto final aprovado nesta terça-feira (1°), da senadora Tereza Cristina (PP-MS), permitiu que o Conselho Estratégico da Câmara de Comércio Exterior (Camex) autorize a adoção de contramedidas em caso de ações de países ou blocos econômicos que:

  • Interfiram nas escolhas soberanas do Brasil;
  • Violem ou sejam inconsistentes com acordos comerciais de que o Brasil seja parte;
  • E configurem medidas unilaterais com base em requisitos ambientais mais onerosos do que os padrões de proteção brasileiros.



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