Fernando Henrique Cardoso nasceu no Rio de Janeiro em 18 de junho de 1931 e mudou-se para São Paulo ainda criança. Quando jovem, estudou ciências sociais na USP e participou do movimento estudantil
Com reconhecida carreira acadêmica, foi auxiliar de nomes como Florestan Fernandes e Roger Bastilde. Em 1954, se tornou o mais jovem membro do Conselho Universitário da USP e, em 1961, obteve o título de doutor em sociologia
Exilou-se durante a ditadura militar e lecionou no Chile, Argentina, México e França. Retornou ao Brasil em 1968, quando foi professor da cátedra de ciência política na USP, mas em 1969, por força do AI-5, foi aposentado compulsoriamente
Candidatou-se ao Senado pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), sendo eleito suplente em 1978 e titular em 1986. Tentou se eleger prefeito de São Paulo em 1985, mas perdeu o cargo para Jânio Quadros
Fundou, em 1988, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), ao lado de Franco Montoro, Mário Covas e outros cem dissidentes do PMDB, tornando-se líder da nova legenda no Senado (1988-1992)
Foi o relator do regimento interno da Assembléia Constituinte entre 1987 e 1988. Depois, foi ministro das Relações Exteriores e da Fazenda de Itamar Franco (PMDB), quando liderou a idealização e a implementação do Plano Real
Em 1994, elegeu-se presidente no primeiro turno das eleições e foi reeleito em 1998, tornando-se o primeiro presidente da história do Brasil a ocupar a chefia do Executivo por dois mandatos consecutivos
Durante seu mandato, realizou uma série de reformas econômicas e reequilibrou as contas públicas. Também deu passos iniciais para políticas sociais que floresceram com seu sucessor, Lula (PT)
A emenda da reeleição acabou rendendo o principal escândalo de seu governo, quando a Folha revelou uma operação de compra de votos de deputados para que fosse aprovada. FHC sempre negou a acusação
Durante seu mandato, FHC ainda promoveu a privatização de várias estatais, rendendo cerca de US$ 90 bilhões para o poder público. O dinheiro, porém, foi em grande parte usado para cobrir o passivo gerado pela política cambial
Deixou a presidência em 2003 e passou a se dedicar a uma agenda privada, pontuada por palestras. Em 2004, criou a Fundação FHC, organização apartidária dedicada ao debate e à produção de conhecimento sobre a democracia no Brasil
Nas eleições presidenciais seguintes, apoiou José Serra (2002 e 2010), Geraldo Alckmin (2006) e Aécio Neves (2014). Em 2018, ficou neutro na escolha entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. Já em 2022, endossou Lula no segundo turno
Autor de mais de 30 livros, foi eleito, em junho de 2013, para a cadeira 36 da Academia Brasileira de Letras, se tornando o terceiro presidente brasileiro a integrar a ABL, depois de Getúlio Vargas e José Sarney
Não sou uma pessoa que queira popularidade. Eu quero é ter valores, acreditar nas coisas
FHC em debate no Museu de Arte do Rio, abril de 2014
Veja trajetória pessoal e política de Lula
Sua assinatura ajuda a Folha a seguir fazendo um jornalismo independente e de qualidade
Veja as principais notícias do dia no Brasil e no mundo
Nós utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continua a usar este site, assumimos que você está satisfeito.OkNãoPolítica de privacidade