Fasepa debate Diversidade de Gênero e Orientação Sexual com servidores da socioeducação


A ação integra uma série de esforços da Fasepa para implementar políticas públicas voltadas à diversidade no sistema socioeducativo

Por Ascom (Governo do Pará)

21/05/2025 15h15

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A Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa) reafirma seu compromisso com a promoção dos direitos humanos e da diversidade ao realizar, nos dias 20 e 21 de maio, uma relevante Roda de Conversa sobre Diversidade de Gênero e Orientação Sexual. A iniciativa foi realizada em parceria com a Secretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos (SEIRDH), no auditório da Faculdade Estácio, em Belém, e contou com a presença de gestores, coordenadores, técnicos e socioeducadores das Unidades de Atendimento Socioeducativo (UASEs) da fundação.

A atividade foi organizada pela Diretoria de Atendimento Socioeducativo (DAS), por meio da Coordenadoria de Atendimento Socioeducativo (CASE) e do Eixo de Diversidade Étnico-Racial, Gênero e Orientação Sexual da Fasepa.

Durante os dois dias de evento, os participantes debateram temas essenciais relacionados ao respeito à identidade de gênero e à orientação sexual dos adolescentes atendidos nas unidades socioeducativas, para construir práticas mais inclusivas, humanizadas e alinhadas aos princípios da equidade.

As palestras foram conduzidas pela assistente social Gabriela Borja, que também atua como coordenadora de Diversidade Sexual e Gênero, e por Maria Rocha, assistente social e analista de gestão pública. Ambas abordaram a importância de alinhar o trabalho socioeducativo aos direitos humanos e à equidade.

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Palestrante Gabriela Borja

Segundo Gabriela Borja, “essa parceria é fundamental porque envolve serviços que atendem diretamente pessoas LGBTQIAPN+. Estamos aqui para qualificar e aprimorar esse atendimento, garantindo que quem for acolhido pelos profissionais da Fasepa se sinta respeitado em sua identidade e orientação sexual. A proposta da educação continuada é justamente essa: reconhecer que esses profissionais já lidam com essa população e assegurar que o respeito seja mútuo em todos os atendimentos”.

A ação faz parte de uma série de esforços da Fasepa para implementar políticas públicas voltadas à diversidade no sistema socioeducativo, contribuindo para a formação de uma rede de proteção social mais eficiente e comprometida com a cidadania plena de adolescentes e jovens.

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Para Priscila dos Anjos, socioeducadora e apoio pedagógico no Centro Socioeducativo Masculino (CSEM), com 19 anos de atuação na Fasepa, a abordagem da temática no contexto socioeducativo é fundamental sob dois aspectos: o alinhamento às normativas legais e a troca de experiências entre os profissionais. “Esses momentos possibilitam o compartilhamento de vivências, o esclarecimento de dúvidas e a atualização dos servidores tanto do ponto de vista jurídico quanto social. É uma oportunidade enriquecedora para qualificar o nosso trabalho”, afirmou.

O evento procura aprimorar o atendimento a adolescentes e jovens LGBTQIAPN+ em cumprimento de medidas socioeducativas. De acordo com Anne Sousa, advogada e integrante do Eixo de Diversidade Étnico-Racial, Gênero e Orientação Sexual da Fasepa, “o letramento em gênero e sexualidade vai além do conhecimento de termos; trata-se de respeito, garantia de direitos e cumprimento das leis que protegem essa população. Desde 2023, inclusive, crimes LGBTfóbicos são equiparados ao crime de racismo, sendo inafiançáveis, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).”

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Ao fomentar esse tipo de discussão, a Fasepa avança na construção de um atendimento socioeducativo pautado na dignidade, no respeito à diversidade e na valorização das diferenças — princípios fundamentais para uma sociedade mais justa e inclusiva.

Texto: Dani Valente (Ascom Fasepa)



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