Tratamento de varizes melhora qualidade de vida de pacientes atendidas no Hospital da Mulher do Pará


Procedimento realizado pela equipe médica do serviço de cirurgia vascular tem rápida recuperação e favorece a redução de filas para cirurgias

A agricultora Lea Pereira, de 86 anos, moradora do município de Irituia, no nordeste do Pará, foi uma das primeiras pacientes a realizar o procedimento de escleroterapia com espuma no Hospital da Mulher do Pará (HMPA), em Belém. O novo tratamento, realizado pelo serviço de cirurgia vascular da unidade, já começa a transformar a realidade de pacientes que sofrem com problemas venosos crônicos.

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Lea Pereira, paciente do município de Irituia

“Sofria há quase quatro anos com problemas de varizes. Não é fácil conviver com pernas e pés sempre inchados, dores constantes, e ainda depender de remédios. Quando me encaminharam para este hospital, foi uma alegria. Fui muito bem tratada por profissionais atenciosos. Isso é muito importante para quem vem do interior, onde não temos condições de fazer esse tipo de procedimento. Graças a Deus, deu tudo certo e estou satisfeita”, contou Lea.

A técnica utilizada, a escleroterapia com espuma, é um procedimento minimamente invasivo, aplicado em ambulatório e sem necessidade de internação. O médico especialista em angiologia e cirurgia vascular, Maciel Reis, explica que o método consiste na injeção de uma substância chamada polidocanol, misturada com ar para formar uma espuma, diretamente na veia doente.

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“Essa espuma irrita o interior da veia, provocando seu fechamento e, posteriormente, sua reabsorção pelo organismo. O procedimento dura entre 15 e 30 minutos e permite que a paciente retorne às atividades normalmente, sem necessidade de repouso”, detalha o especialista.

A escleroterapia com espuma foi incorporada ao SUS em 2017, exclusivamente para o tratamento não estético de varizes. A técnica tem se mostrado eficaz na redução das filas para cirurgias e na melhoria da qualidade de vida de quem convive com esse problema.

Alta incidência entre mulheres

Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), cerca de 45% das mulheres brasileiras desenvolverão varizes em algum momento da vida. A alta incidência está relacionada a fatores hormonais, especialmente durante a gravidez, ao uso contínuo de anticoncepcionais e à predisposição genética.

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Pacientes no atendimento ambulatorial

No HMPA, o ambulatório vascular é voltado exclusivamente à saúde feminina. A equipe é composta por médicos especializados que atuam na investigação de sintomas como dores nas pernas, inchaço, sensação de peso, formigamento e presença de varizes.

“Durante a consulta, ouvimos atentamente os relatos da paciente e realizamos um exame físico detalhado, focado em doenças arteriais e venosas. Quando necessário, utilizamos o ultrassom com doppler vascular, que permite visualizar o fluxo de sangue nas veias e artérias, ajudando na identificação precoce de problemas como refluxo venoso ou trombose”, explica Maciel Reis.

Benefícios e avanços

A escleroterapia com espuma também tem demonstrado bons resultados em casos de varizes avançadas, especialmente em pacientes que apresentam úlceras venosas. A técnica promove o fechamento das veias doentes, melhora a circulação sanguínea e acelera a cicatrização de feridas crônicas.

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Equipe do Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital da Mulher do Pará

Por ser um procedimento rápido, seguro e de baixo risco, evita internações prolongadas e favorece o retorno precoce às atividades cotidianas, contribuindo para maior autonomia e bem-estar das pacientes.



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