O presidente Lula (PT) foi recebido por prefeitos de todo o país com vaias e aplausos, durante abertura da 26ª Marcha dos Prefeitos, realizada em Brasília. A reação repete a do ano passado, em que os gestores demonstraram insatisfações com o governo.
Nesta edição, Lula voltou a ignorar as manifestações e discursou normalmente.
A Marcha dos Prefeitos acontece todo ano, organizado pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios), e reúne milhares de prefeitos, vereadores, secretários e demais gestores municipais.
O evento começou nesta terça-feira (20) e segue até quinta (22) com painéis com temas como federalização climática, segurança pública, orientações sobre emendas parlamentares, saúde e educação.
Uma das principais demandas da categoria neste momento é a aprovação da PEC 66, que tramita no Congresso e visa estabelecer o pagamento de precatórios pelos municípios e abrir um novo prazo para pagamento das dívidas dos municípios com seus regimes próprios de previdência social.
Na edição passada, as vaias a Lula ocorreram em um contexto de insatisfação das gestões municipais que reivindicavam a desoneração em sua folha de pagamentos.
O evento teve a presença em peso de ministros da Esplanada, além dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
Em seu discurso, Hugo Motta disse aos prefeitos que a PEC 66 é uma das pautas que estão no campo de visão do Legislativo e fez falas enaltecendo o municipalismo.
Antes de Lula, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, discursou sobre as demandas dos prefeitos e sugeriu que Lula “abrisse o olho”, ao criticar o limite imposto às emendas parlamentares pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
O envio das emendas é de interesse dos municípios, por se tratar de um envio de verba feito pelos deputados federais a seus estados.