Metropolitano tem projeto para cuidados da saúde física e emocional de acompanhantes

Pensando na saúde dos acompanhantes que estão há dias ou meses internados com seus familiares no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), localizado em Ananindeua, na região metropolitana de Belém, foi iniciado nesta semana o projeto “Acompanhante em Movimento”.

Realizada no jardim da unidade, a iniciativa, criada pela equipe de reabilitação em parceria com o Comitê de Humanização, além de contribuir para a redução de ansiedades e medos, sentimentos trazidos pela internação, pretende dar condições para que os familiares tenham mais autonomia no cuidado com o paciente e se sintam parte do processo.

“O perfil de atendimento do Metropolitano é de trauma que demanda longo período de internação e muitos desses pacientes vêm de municípios distantes, sem possibilidade de troca de acompanhante e relatam dores físicas, cansaço e até medos”, explica Vitória Sena, fisioterapeuta do HMUE.

“O projeto nasceu dessa demanda identificada pela equipe com o objetivo de amenizar essas queixas, fazer com que os acompanhantes se sintam integrados ao cuidado com o internado e, claro, acolhidos dentro do hospital”, completa.

Mais de 25 acompanhantes participaram do momento, que contou com exercícios de alongamento, dança e técnicas de controle de respiração. 

Reinaldo Silva, 52, veio de Acará, na região do Tocantins, para acompanhar o genro, internado há mais de um mês no Metropolitano. Para ele, a iniciativa deu um gás a mais durante o período de cuidado.

“Esse momento é muito bom para a gente. Estou aqui há um mês e sei da importância disso, porque sentimos cansaço, dores, mas não queremos deixar nosso paciente sozinho. Então, temos que nos fortalecer. A equipe está de parabéns”, disse o acompanhante, Ronaldo Silva.

O “Acompanhante em Movimento” ocorrerá quinzenalmente, atendendo tanto quem está em longa permanência quanto acompanhantes de pacientes com pouco tempo de internação.